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Percursos pedestres, caminhadas, pedestrianismo, trekking, trilhos, aventuras, viagens, passeios e descobertas!

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Percursos pedestres, caminhadas, pedestrianismo, trekking, trilhos, aventuras, viagens, passeios e descobertas!

Ano novo, logotipo novo

28.12.09, darasola

Com a chegada de 2010, o Darasola passa a ter um novo logotipo com design renovado. Espero que seja do agrado dos leitores do blog.

Podem deixar os vosso comentários.

 

Espero poder fazer mais caminhadas ao longo deste novo ano.

A todos um Ano de 2010 em grande!

Águeda - PR2 - Trilho das levadas

16.12.09, darasola

Já não fazia uma caminhada há algum tempo por motivos diversos e confesso que já estava a ressacar. Neste fim-de-semana, aproveitando as tréguas dadas por S. Pedro, juntei-me mais uma vez ao grupo ANDAR para uma nova caminhada.

O percurso no menu era o PR2 de Águeda - o trilho das levadas - um pequeno percurso circular de cerca de 7,5 km, com início e fim frente à Junta de Freguesia de Valongo do Vouga (N 40º 37.277 W008º 26.085).

Inicialmente o percurso percorre as ruas da aldeia, o que obriga a algum cuidado redobrado. Embora o transito não seja muito, o facto de não haver passeios para circular e de haver uma zona com umas curvas fechadas, pode representar algum perigo. Passa-se frente a uma propriedade algo imponente, rodeada de muros altos ...

e onde se destaca uma estranha construção. Perguntei a uma senhora no café em frente que me disse tratar-se de um antigo moinho. Achei estranho encontrar um moinho assim por aqui. Pela altura, aparenta ser uma moinho a vento, mas situa-se num local nada propício para o aproveitamento dessa energia ecológica.

Mais à frente encontrei os membros do grupo ANDAR que nos aguardavam. O ponto de partida tinha sido marcado neste local, mas quis ver onde era realmente o início do percurso

Depois de abandonarmos as ruelas da aldeia, seguimos pelo meio de campo de cultivo, ao longo de um carreiro ladeado de muros de um lado e depois dos dois lados.

Um aspecto do carreiro, depois de todos terem passado.

Enquanto uns passeavam, outros trabalhavam.

O rapaz a segurar a sua fera... Quanto mais pequenos são, mais ladram...

Voltámos a percorrer algumas ruelas, o que me levou a começar a ficar um pouco desiludido com o percurso, afinal, ainda não tinha percebido onde estavam as levadas.

Logo adiante, encontrámos os primeiros sinais de uma fruta que eu pensava não ser muito abundante por estes lados: o medronho. Era uma verdadeira corrida aos pequenos frutos vermelhos.

Mais umas ruelas entre campos e casas, até chegarmos a este local...

... onde o trilho finalmente abandonava a estrada, virando à esquerda para um trilho que nos levaria para a floresta.

A partir daqui o percurso começou a revelar os seus encantos, pois encontrámos uma zona sombria povoada de carvalhos.

Ainda apreciamos algumas espécies de animais que gozam do privilégio de se desenvolver ao ar livre...

... bem como a ferocidade de um ganso. Assim que avistou o grupo, começou a fazer um barulho enorme e acompanhou-nos sempre junto à rede. Dizem que estes animais são bons "cães de guarda". Aparentemente isto confirma-se!

Chegámos então a um local onde se atravessa um pequeno regato, por uma ponte que não inspira muito confiança. Composta por duas vigas de cimento de cada lado, é suposto avançarmos pela tábua, mas acho que a humidade está a fazer estragos. Espero que ninguém apanhe aí um susto.

Vimos por lá uns belos presuntos ainda na embalagem original...

... e o "Foie-gras" feroz que não nos largava.

Voltámos a encontrar muitos medronhos pelo caminho. Alguns estavam tão maduros que se ralavam só de lhes tocar.

O caminho virou depois para a direita e subimos ligeiramente ao longo de um estradão, junto a um muro...

... que delimita uma propriedade com um extenso laranjal onde (pasme-se!) está um Cristo Rei! Curioso o que se pode encontrar nas caminhadas.

Ao longo do percurso, foram muitos os cogumelos que avistámos. Se eram comestíveis ou não já é outra questão, pois não faço ideia.

O caminho volta a descer ligeiramente debaixo da linha de alta tensão. Nesta zona cruzámo-nos com um "motard". Já não é a 1ª vez que me acontece em caminhadas e situações dessas obrigam-nos a nós, caminheiros, a precavermo-nos afastando-nos do seu caminho, pois dada a velocidade e barulho, eles só se apercebem de nós quando por vezes é já demasiado tarde.

Uma árvore majestosa...

Alcançámos então a zona das margens do rio, onde a vegetação é quase exclusivamente composta por autrálias.

Chegámos então às margens do rio Marnel, um pequeno afluente do Vouga, que me impressionou pelas suas águas límpidas. Mesmo após umas semanas de chuvas intensas, quando a maior parte dos rios estão com as águas turvas pela quantidade de matéria orgânica que transportam, este continua limpo. Um pequeno paraíso sem dúvida.

O PR segue ao longo das suas margens até alcançar os "Moinhos do Ribeiro"...

...uma propriedade privada, delimitada por portões, mas onde é permitida a passagem.

As construções antigas integram-se na beleza da paisagem e dão um ar pitoresco a todo este cenário.

O edifício dos antigos moinhos.

A transparência das águas é mesmo muito impressionante. Pode-se ver facilmente as pequenas pedras que cobrem o fundo do rio.

O trilho continua pelo que era a conduta da antiga levada, por onde era canalizada a água.

Esta zona do percurso deve ser particularmente agradável nos dias quentes de verão. Neste dia, a humidade que se fazia sentir junto ao rio criava uma espécie de névoa, que dava uma atmosfera estranha a estas árvores.

Chegámos então à zona da ponte de madeira sobre o rio Marnel.

Curioso ver a ponte presa ao fundo do rio por correntes metálicas...

A montante da ponte, encontra-se um pequeno açude, cuja função seria provavelmente abastecer a levada por onde viemos, levando a água até aos moinhos.

Regressámos então pela margem oposta àquela por onde tínhamos subido o rio, seguindo em direcção à foz.

Voltámos a encontrar a zona dos moinhos do Ribeiro, agora do lado de lá do rio.

Alguns dos caminhos encontravam-se bastante enlameados, o que foi óptimo para testar a impermeabilidade das minhas novas botas. Não entrou nada e continuei com os pés quentinhos e secos.

Mais a jusante, alcançámos a zona do parque da Garganta. Esta deve ser uma zona de lazer bastante procurada no verão. Há sinais de umas mesas de merenda, que entretanto por alguma razão desapareceram. O espelho de água criado pelas águas vale bem uma ida ao local.

Voltaríamos a encontrar, já no final do percurso, os campos cultivados com viçosas pencas para a ceia de natal.

Foi uma pequena caminhada muito agradável, num percurso que, à 1ª vista não parecia ter nada de especial, mas que felizmente revelou os seus encantos ao longo das margens do rio Marnel.

Para os interessados, podem encontrar o panfleto bem como o trilho GPS do percurso clicando na imagem.

 

Boas caminhadas

Darasola