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darasola

Percursos pedestres, caminhadas, pedestrianismo, trekking, trilhos, aventuras, viagens, passeios e descobertas!

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Percurso Amarelo de Valongo

09.02.12, darasola

Só recentemente dei conta que este percurso tinha ficado esquecido na pasta das fotografias do computador.

Percorri-o já por volta de julho do ano passado, mas esqueci-me de o colocar por aqui. Depois de ter descoberto o corredor ecológico de Valongo (também conhecido como Percurso Verde), decidi conhecer os outros, começando pelo amarelo. Aparentemente, o gradação na cor corresponde à dificuldade do percurso. Resta-me ainda descobrir o percurso vermelho, que será colocado aqui, assim que o descobrir.

Voltando ao percurso amarelo, a página oficial do percurso pode ser encontrada aqui.

O percurso começa num local que nem está assinalado, que fica logo antes da ponte sobre o rio Simão, antes de entrar no caminho em paralelos que leva à aldeia de Couce. Se for útil, basta usar a linha de alta tensão como ponto de orientação.

Um pouco mais acima, começam a aparecer os postes de madeira pintados de amarelo, que servem de orientação no percurso.

Lá em baixo, a zona da referida ponte sobre o rio Simão. Ali passa o percurso verde e começa o percurso vermelho.

O dia estava particularmente quente, tal como se pode ver pela sinalética do risco de incêndio.

Depois do trilho inicial de pé posto, chegámos a caminho de terra batida mais largos.

Ao longo do percurso, também encontramos estas setas amarelas, para ajudar a orientar.

Surgem em vários sítios.

Alcancei então um local de onde se via o rio Ferreira, que dá nome a Paços de Ferreira, infelizmente as suas águas estão muito poluídas.

Chegada à zona conhecida como a Quelha, que mais não é do que uma parede rochosa, usada como escola de escalada.

Do seu alto, a vista para o rio a montante, com as ruínas de uns moinhos junto ao Ferreira.

Nesta zona, a marcação deixa a desejar e fiquei com dúvidas sobre onde seria o caminho.

Aproveitei para espreitar o outro lado...

... e tive a sorte de encontrar uma garça.

Assustou-se e fugiu imediatamente.

Voltei para trás para encontrar o caminho por onde descer.

Por aqui não é... Tive de regressar sobre os meus passos para encontrar um pequeno caminho que me levou até ao fundo da parede.

Vista de baixo.

Junto aos moinhos que se via lá de cima.

O leito do rio.

Nas fotos, quase não se nota, mas as águas correm negras, malcheirosas e criando espuma em vários locais. Uma antiga mó de pedra na água.

O trilho segue em direção a uma zona de merendas, coberta por eucaliptos.

A mensagem é pertinente, escusado era pintá-la numa árvore...

Uma antiga mina?

Passagem junto à "Quinta do moinho".

Acabei por chegar a esta zona, onde existem algumas casas.

Ponte ferroviária sobre o rio na linha para Porto - Penafiel.

Aqui surgiu a confusão: as marcações mandavam para a linha. Sabia que o percurso era circular e tinha ideia de que não devia seguir por ali, mas lá fui à descoberta.

As marcas a isso me "obrigavam".

Até existe um pequeno trilho junto à linha.

Passagem sobre a ponte, não convém olhar para baixo para quem tem vertigens...

Aqui voltavam a surgir as marcas, que mandavam abandonar a linha...

... descendo até esta zona escolhida para fazer de lixeira.

Aproveitei para ir espreitar o aterro da louseira da zona.

Aqui continuavam a aparecer as setas...

Mas não mandavam por aqui...

... até tinha esta seta.

e outras a mandar para outra direção...

só que o caminho estava assim! impossível passar. Ainda andei a explorar a zona e desci até ao rio, acabando do lado oposto ao parque das merendas onde tinha passado antes.

Acabei por desistir e regressar, passando a ponte e voltando à zona das casas, onde os postes voltaram a surgir para me encaminhar para o ponto de partida.

Mais um poste...

As setas no chão, que me levaram à zona da linha de alta tensão do ponto de partida.

A estrada já estava à vista.

Era só descer até à estrada para acabar este pequeno percurso.

O trilho deixa um pouco a desejar pelas dúvidas em relação à zona da ponte de comboio, mas é agradável e tem apenas uma zona que exige algum cuidado (junto à Quelha).

Boas caminhadas

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Macieira de Alcoba [Águeda] - Trilho das terras de Granito (PR4)

01.02.12, darasola

Já me tinha deparado com várias referências positivas em relação a este percurso de Macieira de Alcôba, uma pequena aldeia entalada entre os limites do concelho de Águeda e Sever do Vouga. O que me despertou a curiosidade foi a história do forno comunitário, algo de que só ouvira falar nas zonas comunitárias do norte de Portugal ou no interior algarvio, mas nunca nesta zona das beiras. Ainda por cima, a referência ao facto de ser grande ao ponte de entrar por lá um homem para colocar o pão, motivou-me para enfrentar as curvas das estradas até esse local.

Logo à entrada da aldeia se percebe que há um cuidado especial em promover a aldeia. Gostei!

O ponto de partida foi junto à igreja local, onde há um espaço para estacionar.

Mesmo ao lado encontrei o painel com as informações sobre o percurso, por isso era mesmo aqui que começava.

O percurso realizado foi o PR4, mas existe outro pequeno trilho que percorre as ruelas da aldeia (PR3 - trilho da aldeia). A ideia era percorrê-lo também se tivesse tempo/interesse, mas acabei por não fazê-lo visto que o PR4 já me tinha dado a conhecer grande parte da aldeia.

Passagem frente à junta de freguesia.

O trilho segue em direção ao centro da aldeia.

Segui por esta escada acima, de acordo com as marcações do terreno...

... em direção à capela de Nª Srª de Fátima.

Mesmo junto ao caminho, esta casa recuperada contradiz a teoria de que não há conforto na aldeia. Isto é um verdadeiro SPA.

O restauro revela algum cuidado na escolha dos materiais, de forma a não destoar (demasiado) do resto da aldeia.

Já quase a chegar à capela, o trilho entra por um pequeno bosque com sobreiros e pinheiros antigos, com bastante beleza, onde encontrei um habitante da aldeia que me revelou muitos dos segredos da aldeia. Esse antigo oficial do Exército contou-me que era a aldeia do concelho de Águeda com a taxa mais elevada no que toca às habilitações literárias, entre bacharéis, licenciados, mestres e doutorados perdi a conta, mas percebi que era um local onde deveria ser possível saborear a vida, depois da luta da chamada "vida ativa".

Chegada à capela da Nª Sr.ª de Fátima...

... de onde se pode apreciar esta bela panorâmica sobre a aldeia...

... junto a este pequeno miradouro.

Tempo de seguir caminho. Acabei por fazer o percurso circular seguindo a ordem dos ponteiros dos relógios. Não me pareceu que fosse nem melhor, nem pior do que o que é aconselhado pelo folheto. Simplesmente não consegui resistir a descobrir esta capela, cuja colocação no alto do morro, com a sua torre a dominar a paisagem é um chamariz.

A azeitona estava a amadurecer...

... e a vinha já tinha sido colhida.

Umas antigas alminhas, junto ao marco da Rua do Carvalho, mas aquilo é um sobreiro.

O percurso faz um pequeno desvio até à capela do Carvalho, onde uma placa assinala o facto de ser propriedade privada.

Tantas maçarocas de milho...

Este foi o local onde apanhei o mais recente sustos com cães. Uns segundos antes, uma matilha de cães, que tinha ouvido ladrar no lugar onde passei, surgiu entre as árvores correndo disparada na minha direção. Foi uma coisa de segundos! Estava a cerca de 20 m de mim e de nada me valeria fugir ou defender-me com os bastões. De repente, agarrei numa pedra do chão e levantei-a bem alto num gesto cheio de raiva... Foi remédio santo. No mesmo instante, calaram-se todos os cães e, metendo o rabinho entre as pernas, foram por onde vieram. Não sei o que me espantou mais: o susto de ver todos aqueles cães furiosos, ou a rapidez com que me viraram costas. É obvio que aventurar-me ali sozinho é uma péssima ideia, mas ...

Bifurcação.

Gostei particularmente desta zona do percurso. O trilho junto ao muro com musgo e os carvalhos ao lado, agradou-me mesmo.

Deixa-se a terra, passa-se à calçada.

Um estranho marco de pedra com a data 1959. Qual será o seu significado?

O caminhante!

Caminho à entrada da aldeia de Urgueira.

Aqui e ali surgem algumas casas restauradas, sinais que o lugar não está esquecido.

Achei esta construção interessante. Tendo em conta a idade desta casa e o tipo de construção, terá provavelmente sido de alguma família mais abastada.

Pormenor de uma varanda, e por cima, no telhado, um gato?

Parece que não é bem um gato...

A pequena capela no centro da aldeia.

Pouca gente nas ruas, apenas vi esta senhora.

Um dos objetivos do percurso estava quase ao meu alcance.

Um monte de canas de milho.

Placa informativa, junto à capela de Urgueira.

No horizonte, as eólicas do Caramulo.

Finalmente alcancei a zona do parque das festas da Srª da Guia...

... onde somos acolhidos por uma estátua da santa.

Logo ao lado está uma capela que presumo ser da Srª da Guia, mas o percurso não é por ali.

Devo seguir em direção ao monte Junqueiro e a forno comunitário primeiro.

O local deve ser palco de um grande arraial, tantas eram as mesas e barraquinhas por ali.

Eis o famoso moinho. À primeira vista, até que não impressiona muito.

Mas, calculo que será muito mais interessante vê-lo com o lume no seu interior. Segundo as informações do panfleto, este forno (tal como a capela) terá sido mandado construir pela família Duarte Réis, no final do séc.. XIX, que passaram por grandes perigos em viagens no regresso do Brasil e prometeram construir um forno sobre uma laje de granito de onde se pudesse ver as areias da praia. As areias, essas não as consegui ver, mas pela sua altitude (700m) o local proporciona umas vistas fantásticas.

Depois do forno, o trilho desce até ao monte Junqueiro...

... onde existe um miradouro natural. As vistas são fantásticas!

Lá, ao longe, a pequena aldeia de Macieira de Alcôba, onde comecei o percurso.

O percurso leva-me de volta ao recinto da capela da Srª da Guia.

Direção Hortas Velhas. A partir daqui o percurso foi sempre a descer.

As castanhas ainda não estavam bem maduras.

Um aspeto do trilho.

Este caminho tem sinais de ser um antigo caminho de ligação entre as aldeias de Urgueira e o lugar, agora fantasma, de Hortas Velhas.

Canastro ou espigueiro.

Uma pequena ponte sobre uma linha de água. Quase não corria água, mas a sombra e a humidade foram agradáveis para aplacar o intenso calor do dia.

Começaram então a surgir várias casas em ruínas.

Lagar para a vindima no meio dos escombros do telhado de uma casa. Depois de Hortas Velhas, a descida pouco ou nada trouxe de novo.

Mas, quando me aproximava novamente de Macieira de Alcôba, este belo recanto foi-me revelado.

Uma cena bucólica, que parece saída de um livro.

Eis a piscina natural da aldeia, referenciada no mapa do panfleto.

É sem dúvida um belo espelho de água, que nasce de um aproveitamento das águas naturais que por ali brotam.

Escusado será dizer que aproveitei bem o local para me refrescar um pouco antes de prosseguir até ao final do percurso.

Já quase de regresso ao centro da aldeia, ainda deu para ver que outras habitações estão em processo de recuperação.

Infelizmente, já não eram horas para aproveitar o restaurante que existe na antiga escola primária...

... mas ainda deu para ir espreitar o local. É curioso ver que algumas escolas primárias antigas são reaproveitadas desta forma.

Regresso finalmente ao centro da aldeia. Este percurso com cerca de 8 km agradou-me. Já o queria conhecer há algum tempo e não fiquei desiludido.

 

Aspetos positivos: a beleza natural de algumas zonas do trilho, a história do forno de Urgueira, as vistas do miradouro e a piscina natural no final do percurso.

Aspeto negativos: o perigo da matilha de cães que me ia atacando, o calor que se fez sentir e a ausência de pontos de água ao longo do percurso, bem como o facto de algumas ligações serem feitas pelo alcatrão.

 

Boas caminhadas

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