Rota da Levada de Canadelo [Amarante]
Canadelo é uma pequena aldeia do concelho de Amarante, situada na Serra do Marão e desloquei-me lá para descobrir uma rota traçada que me levou a descobrir os seus encantos, em especial a pequena levada, que aproveita as águas de várias linhas de água para irrigação dos campos. Confesso que o percurso não é bem o que eu pensava que fosse, sendo que apenas uma parte final do trajeto se faz ao longo da levada. Grande parte do percurso faz-se simplesmente em caminhos florestais, não impedindo que as vistas e a paisagem sejam agradáveis. Chegados ao centro da aldeia, junto à igreja local, estacionamos o carros e começamos logo ali o percurso. O mesmo começa com uma subida até ao alto do lugar, onde abandonamos o casario para seguir pelos caminhos de acesso aos montes.
Caminho de saída da aldeia.
Inicia-se então a zona exclusivamente de caminhos florestais.
Vista do percurso pelas encostas da serra.
Umas alminhas perdidas no meio do monte.
A vista para o monte Farinha, mais conhecida por Senhora da Graça.
Grande parte do percurso é bastante exposta ao sol.
Felizmente, nesse dia, o vento poupou-nos ao intenso calor.
Passámos então por uma zona mais arborizada, com ruínas de construções, que pelo que percebi pertenciam a antigos fornos de cal.
A vegetação mais exótica permitiu-nos uma agradável pausa à sombra, junto de uma pequena linha de água que encontrámos num vale.
O tomilho florido!
Vista para trás, para a zona das ruínas dos fornos de cal e da vegetação em redor.
Mais adiante, um enorme tanque para abastecimento na luta contra os incêndios.
A vista para a vizinha aldeia de Campanhó, onde não chegamos a passar.
Chegamos então a uma das zonas mais bonitas do percurso, um bosque frondoso de árvores variadas, onde se destacavam castanheiros enormes.
Esta parte foi bastante agradável, mas acabou por saber a pouco.
Antes de chegar ao vale da encosta, o trilho leva-nos monte abaixo, em direção à linha de água que ali corre.
A progressão não foi nada fácil.
Castanheiro seculares!?
Encontrámos então o trilho de pé posto que nos levou a atravessar a linha de água, que se encontrava parcialmente seca.
Depois de cruzar um bosque de cedros, seguimos pela encosta em direção ao poste de alta tensão e a uma afloramento de rochas negras.
O "caminho de cabras" segue pela encosta exposta e com vistas sobre o vale do "Olo".
A encosta estava florida com a flor rouxa da urze.
Depois de descer a encosta, encontrámos finalmente a levada, toda ela construída em pedra.
Subimos o seu curso para descobrir a sua origem nesta pequena represa.
O percurso continua então sempre ao longo da levada.
Pelo caminho ainda deu para apanhar um ramo enorme de orégãos para usar na comida.
Seguindo o curso da levada...
... chegamos a outra linha de água que se junta à levada.
A poucos metros da aldeia de Canadelo, a levada começa a ladear campos agrícolas e em seguida encaminha-se para uma zona mais arborizada.
Libélula.
Um canal adjacente à levada.
As árvores morrem de pé!
Percurso final antes de chegar à aldeia.
Na chegada à aldeia, o canal leva a água até uma represa enorme.
A reserva de água.
O término da caminhada é num patamar superior ao do nosso estacionamento e podíamos apreciar a vista panorâmica sobre a aldeia.
Bastou-nos descer uma longa escadaria para alcançar o ponto de partida.
Ficha técnica:
Distância: cerca de 14 km
Tempo: entre 3 e 4h +/-
Tipo: circular
Marcação: inexistentes, visto que não é um percurso marcado
Informações sobre o percurso: indisponível
Panfleto oficial: indisponível
Trilho GPX: aqui (Wikiloc darasola)
Ponto positivos: a parte da levada e as vistas sobre o vale do Olo
Pontos negativos: muito estradão florestal sem grande interesse e com pouca vegetação