Percurso do Regadio do Rio Ferreira [Campo - Valongo]
Participei recentemente numa atividade da Embaixada da água, que propunha descobrir o percurso do regadio do Rio Ferreira, dando relevo à importância que o aproveitamento da água tinha no início do século passado. Com início no moinho junto à ponte Ferreira (Hoje Núcleo Museológico da Panificação), tivemos a sorte de termos o acompanhamento de técnicas da CM de Valongo, que nos deram a conhecer o património ligado à industria de panificação desta terra. Se não fosse assim, nunca teria ficado a saber que fora por ordem régia, que se proibiu a cozedura de pão na cidade do Porto devido ao perigo de incendiar da cidade, numa altura em que a maior parte das construções eram de madeira, deslocando-se assim essa indústria para os arredores da cidade, como Valongo.
Fomos então seguindo o percurso e os vestígios da levada que irrigava toda esta zona, parando aqui e ali, para ouvir mais explicações sobre cada local. Passamos junto das Minas e da ponte de Terrafeita, pela Igreja Matriz de Campo até chegarmos ao Aqueduto dos Arcos, uma bela construção restaurada há poucos anos, cujo objetivo era levar a água por cima do rio, mas que acabava por ser usada como ponte pelos populares, para encurtar o trajeto até à zona das minas, onde trabalhavam muitos homens da terra.
Apesar de ser um percurso muito curto (cerca de 3 km), o seu interesse é essencialmente histórico e cultural, ficando a conhecer mais um pouco sobre a zona de Valongo.
Açude no rio Ferreira.
Junto ao moinho da Ponte do Rio Ferreira, hoje Núcleo Museológico da Panificação.
Encontramos a sinalética do percurso junto à entrada do moinho.
No interior, ouvindo as informações sobre a história do local.
Algum do património ali existente ligado à industria da panificação.
Uma máquina para cortar em vários pedaços iguais a massa de fazer pão .
Panfleto do percurso pedestre.
A ponte do rio Ferreira que ficou famosa pela sangrenta batalha entre Liberais e Miguelistas a 23 de julho de 1832.
A ponte, as alminhas e a casa da portagem.
Sinalética do percurso junto à ponte.
Outra perspectiva da ponte.
Tipo de sinalética usada neste percurso.
Chegada à zona de campos agrícolas.
Trabalhos agrícolas com a autoestrada A4 em pano de fundo.
Ponte da Terrafeita e as minas de mesmo nome no talude diante da ponte.
Vista sobre o rio a montante.
Sinalética.
Passagem debaixo da autoestrada A4.
Vestígios da levada do regadio postos a descoberto com a limpeza dos matos.
Levada e sinalética.
Na origem, a levada seguia junto ao talude abaixo dos prédios, em direção à igreja de Campo.
Passagem junto da igreja matriz local.
Painel com sinalética e informações do percurso junto ao portão desta quinta.
Igreja matriz de Campo
Fizemos um pequeno desvio para apreciar o rio Ferreira junto à ponte sobre a EN 15.
Literalmente debaixo da ponte.
Margens do rio Ferreira.
Subindo por uma escadaria...
... depois de ter descido ao campo para acompanhar os vestígios da levada e evitar os perigos da EN 15.
Seguindo a sinalética e os vestígios da levada.
Vista sobre o aqueduto dos Arcos.
Caminhando sobre o aqueduto...
... agora reconvertido em ponte pedestre.
Um belo espelho de água.
No final do aqueduto.
Mapa do percurso.
Vista sobre o aqueduto a partir de jusante.
Ficha técnica:
Distância: cerca de 3 km
Tempo: 1h (+/-)
Tipo: linear
Marcação: (apesar de haver muitos postes de sinalização, alguns são confusos em relação ao sentido a seguir).
Informações sobre o percurso: n/a
Outros sites de relevo: n/a
Panfleto oficial: n/a
Trilho GPX: Wikiloc darasola
Ponto positivos: o pólo museológico da panificação, a ponte do rio Ferreira, o aqueduto dos arcos
Pontos negativos: a passagem pela EN 15