Açores - Flores - Fajã Grande - PR1FLO
Pelo facto deste PR1FLO ser um percurso linear entre as localidades da Fajã Grande e Ponta Delgada, não foi possível arranjar atempadamente transporte para o regresso e ficou por descobrir a maior parte do trilho. Mesmo assim não quisemos deixar de conhecer a parte inicial a partir da Fajã Grande. Depois de passarmos a cascata do Poço do bacalhau, depois de passar a igreja da Ponta da Fajã, seguimos junto à falésia, vendo o mar quebras as suas ondas nas praias rochosas. O acesso é até aí bastante simples, mas pode impressionar quem é mais sensível às alturas. É possível avistar o Ilhéu de Monchique, o ponto mais ocidental de toda a Europa. Alcançámos então a zona do início da subida pelo flanco da escarpa. Nessa zona, a vegetação endémicas é impressionante e sem igual. Encontrámos espécies com troncos retorcidos a ponto de parecerem figuras saídas de algum conto maravilhoso, uma verdura densa e húmida, por onde o trilho escorregadio e estreito nos levava. O calor, a humidade e as características do trilho tornavam a progressão lenta e exigente. É uma parte onde é necessário estar sempre a ver bem onde se colocam os pés, pois as raízes e as rochas no chão são traiçoeiras. Mesmo assim, as pausas eram frequentes para poder contemplar e fotografar a beleza quer da paisagem, quer da vegetação. Fiquei com pena de não poder concluir o trilho, que nos leva a passar pelo farol de Albernaz - o mais ocidental dos Açores e da Europa. Talvez um dia...
Ficam as fotos:
O ilhéu de Monchique entre as árvores.
Este trilho é não só um PR, mas também faz parte do GR 01 FLO, que atravessa a ilha das Flores.
A pequena igreja da Ponta da Fajã ficou para trás.
Esta parte do trilho é bastante simples e segue pelo flanco da encosta.
A falésia que termina muitos metros lá abaixo.
Vista para a igreja da Ponta da Fajã e, em fundo, a Fajã Grande.
Lá ao fundo a praia rochosa.
Pouco a pouco, o percurso começa a subir e a dificuldade aumenta.
Outra perspetiva para trás.
A vegetação vai-se tornando mais densa...
... até mergulharmos na parte da vegetação endémica, com árvores impressionantes.
Penso que serão cedro-do-mato, mas quem for especialista que deixe um comentário a confirmar.
Esta parte do trilho é lindíssima, mas bastante perigosa.
O trilho perdido no meio da vegetação.
Nalgumas zonas mais "perigosas", uma ajuda preciosa foi instalada. Infelizmente não foi possível avançarmos mais para além desta zona e acabámos por regressar, descendo cuidadosamente pelo mesmo percurso.
E assim terminam os relatos das aventura pelos Açores, em que percorremos 4 ilhas dos grupos central e ocidental. Certamente voltaremos aos Açores para conhecer as restantes ilhas de S. Jorge, da Terceira, da Graciosa e de Santa Maria.
Boas caminhadas
darasola
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