Vouzela - PR4 - Trilho da Penoita
No passado sábado 15 de Março, desloquei-me até Vouzela para participar na caminhada organizada pela câmara municipal, para dinamizar o percurso PR4 – Trilho da Penoita.
O tempo estava incerto, mas, mesmo assim, acabei por arriscar. Os caminhantes presentes eram muito poucos, mas S. Pedro começou por brindar-nos com um agradável sol, iluminando o centro da vila e destacando a zona envolvente da ponte da linha do Vouga.
Partimos no pequeno autocarro da câmara municipal até ao início do troço, num pequeno parque de merendas, junto à mata da Penoita.
Sem grandes demoras, o grupo de cerca de 15 pessoas começou o percurso seguindo pela estrada até encontrar o início do trilho.
O percurso começou com uma ligeira subida, no meio de uma vegetação encoberta pelo nevoeiro e vento que começaram a marcar presença.
No entanto, este tipo de paisagem também tem um encanto particular, dando um ar místico ao ambiente.
Algumas cores, como o amarelo dos tojos, destacavam-se no meio do castanho dos feitos secos e molhados e do verde das árvores.
As marcações do percurso estão, nalgumas zonas, quase apagadas, mas encontrei junto a esta marca uma situação curiosa de um pequeno pinheiro a nascer numa fenda da rocha.
Um pouco mais à frente, surgiu esta rocha em forma de barca. Um prova evidente que a natureza faz algumas coisas com um toque artístico.
O trilho no meio da mata fantasmagórica. Esperar-se-ia num ambiente destes, que, a qualquer momento, surgisse um ser saídos dos romances de Tolkien…
A partir daqui, S. Pedro resolveu não colaborar e a chuva começou leve e foi progressivamente intensificando até se tornar muito forte. O grupo partiu-se bastante, tal como se pode ver pela foto.
Apesar do mau tempo, a vida rural não pára e, mesmo sob esta chuva intensa, dois homens carregavam um carro de bois com mato.
Logo o lado, encontra-se o Dólmen da Malhada do Cambarinho, um indício de que a fixação dos povos neste local já é muito antiga. Até aqui tínhamos percorrido pouco mais de 2 km, mas o mau tempo agravou-se com chuva e vento intenso.
O grupo reuniu-se um pouco mais adiante, ao abrigo de uma fábrica abandonada, para conferenciar sobre a continuação ou não do percurso. A decisão foi unânime de que não havia condições para continuar e que o melhor seria mesmo regressar, chamado o autocarro. No entanto, alguns disseram que como o local de partida ( o parque de merendas) estava bastante próximo e que podíamos lá regressar por um outro caminho. Em vez de ficarmos à espera molhados e arrefecendo, decidimos continuar (à chuva claro!).
O percurso de regresso foi bastante agradável pelo tipo de vegetação que se pode encontrar, isto apesar da chuva, que, embora tenha abrandado, continuou a marcar presença.
No total acabámos por percorrer pouco mais de 5km, o que foi realmente um pena. No entanto, ficou a vontade de regressar em breve para efectuar a totalidade do percurso.
Boas caminhadas
Darasola