Ainda não é um regresso em pleno pois, devido a questões de saúde, ainda me encontro com limitações para caminhadas "a sério", mas foi sem dúvida um pequeno "aperitivo" para um regresso ansiado às actividades de pedestrianismo.
A ocasião foi uma visita a algumas aldeias históricas de Portugal, na região da Beira Interior e ao Geoparque NaturTejo. A aldeia descoberta foi a de Monsanto, considerada a "Aldeia mais portuguesa de Portugal", surge no meio da meseta do planalto beirão, no alto de uma Inselberg (monte-ilha) que surge a 300m de altitude acima da paisagem circundante.
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Cartaz informativo sobre os "Monte-ilha" na entrada da aldeia.
Uma das primeiras perspectivas que nos foi dada ao aproximarmo-nos do local foi realmente o imponente monte que se avistava ao longe, já desde Idanha-a-Velha. Chegados às proximidades da aldeia, tivemos de abandonar o carro e entrar num autocarro do município que leva os visitantes para o alto da aldeia, com vista a evitar os engarrafamentos dos muitos turistas que afluem ao local. Um excelente iniciativa que deveria ser usada em mais locais, além de evitar confusões, promove também uma menor poluição. O percurso é muito curto e rápido e...
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... num instante estávamos junto à entrada da aldeia, onde o vestígio arqueológico existente no local não deixava dúvidas sobre a importância estratégica do local, no que diz respeito à conservação da independência do nosso país.
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A vista para o local onde tinham ficado os carros.
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Este local é um dos geossítios destacados no Geoparque do NaturTejo.
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Não estava previsto fazer um percurso pedestre, mas assim que vi este sinal junto à entrada da aldeia.
O PR5 - Rota dos Barrocais é uma pequena rota de 7km, dos quais 4,5km seguem o percurso de visita à aldeia. Foi este o trajecto que percorremos já que pretendiamos conhecer o local, mas tínhamos a condicionante do facto tempo.
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O percurso segue por entre ruelas, caminhos e escadas por entre os penedos de granito.
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Escadas esculpidas na própria rocha.
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Caminhos estreitos com passagem entre penedos.
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Casas e penedos partilham o cenário da aldeia.
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Os telhados da aldeia e a paisagem circundante.
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A vista para cima...
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O caminho abandonou final o aglomerado urbano da aldeia, seguindo em direcção ao cume.
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Um "portal" natural por onde passa o percurso.
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A chegada aos "Penedos juntos".
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Os Penedos Juntos são bolas graníticas, de grande dimensão, justapostas que devido às dimensões e posições formam uma lapa. O percurso passa mesmo pelo meio dos penedos.
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... e o trilho continua...
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... em direcção ao Castelo...
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... sempre com vistas deslumbrantes sobre o planalto das Beiras.
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Finalmente começámos a avistar a muralha do castelo...
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... e a Igreja de S. João.
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Aí também pudemos observar estas estranhas cavidades numa rocha, que é a "Laje das 13 tigelas". Esta apresenta um conjunto de pias que são cavidades abertas na superfície rochosa e que se formaram através de uma alteração química da rocha ao longo da rede de fracturas que a atravessam. Segundo a informação que encontrei, existe uma lenda segundo a qual uma fidalga alimentava os pobres nestas 13 tigelas formadas pelas pias.
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Avistámos então a torre sineira...
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e a poucos metros encontrámos as ruínas da Igreja de S. Miguel, do século XII,...
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um templo românico que possui uma porta axial com arco de volta perfeita...
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... e uma sepulturas antropomórficas escavadas na rocha mesmo ao lado.
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Mais uma foto da torre sineira com os dois arcos de volta perfeita.
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A partir deste local eram muitos os visitantes.
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A subida final até ao castelo.
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Olhando para trás...
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... e seguindo em direcção à Porta da Traição...
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... por onde entrámos no castelo.
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Já dentro do castelo, a vista para a igreja de S. Miguel.
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A vista do alto das muralhas sobre a aldeia de Monsanto.
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A chegada ao marco geodésico existente no alto do Inselberg de Monsanto, a cerca de 740m de altitude.
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O tempo estava instável e o ar carregado de humidade, a temperatura começou a baixar e o vento a aumentar... Sabíamos que a chuva estava a chegar.
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Lá nos dirigimos então para a descida pelo flanco oposto do monte, em direcção à aldeia.
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Mais uma perspectiva.
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Um foto do poço/cisterna do castelo.
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Uma outra perspectiva.
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Uma outra saída do Castelo.
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Ainda consegui esta foto do interior da capela existente dentro da área do castelo, junto ao poço.
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Iniciámos então a descida em direcção à aldeia.
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Não éramos os únicos, aqui muita gente seguia o mesmo caminho.
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No início da aldeia encontrei esta marca, aparentemente de percurso pedestre, mas com uma cor que desconhecia. Alguém sabe a que corresponde a sinalética com esta cor? Agradeço que deixe comentário no blog.
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Descendo pela rua do Castelo.
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Algumas casas em ruínas estão lado a lado com penedos e casas restauradas de uma forma pitoresca.
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Os telhados da aldeia.
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Olhando para trás e para cima, as casas passam despercebidas no meio das rochas.
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Uma janela bem enfeitada.
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A visita terminou com a passagem junto à torre do relógio. Aí começaram a cair os primeiros pingos, que nos levaram para junto da paragem de autocarro. Ainda tivemos direito a uma boa chuvada em que os guarda-chuvas se tornaram pequenos.
Não sei bem qual foi a distância percorrida, mas soube muito bem percorrer os trilhos e ruelas à descoberta de Monsanto- a aldeia que faz jus ao nome de aldeia mais portuguesa de Portugal.
Boas caminhadas
Darasola