O desejo de conhecer a zona das aldeias do Xisto já era antigo e finalmente tive a oportunidade de conhecer essa zona. A escolha do percurso recaiu sobre a Lousã, pela maior proximidade em relação ao alojamento e pelo interesse despertado pelos dois percurso pedestres locais o PR1 - "Rota dos Moinhos da Serra da Lousã" e o PR2 - "Rota das aldeias serranas". Como é muito fácil ligar um ao outro, optei por realizar os dois de uma só vez. O percurso aumenta um pouco em dificuldade, mas continua perfeitamente acessível e fica muito mais enriquecido do ponto de vista paisagístico.
![]()
O percurso inicia-se em pleno centro da vila da Lousã, junto à igreja local...
![]()
... onde existe um painel informativo sobre o PR1.
![]()
Sinalética em pleno centro urbano.
![]()
Outro tipo de sinalética existente nas ruas da vila, aqui, junto ao Hotel local.
![]()
Pouco a pouco o percurso abandona o centro urbano em direção... a uma fábrica!? Curiosamente, é o que acontece, pois o trilho florestal começa mesmo junto a uma fábrica (pareceu-me de transformação de papel) e somos acolhidos pelo barulhos das ventoinhas das grandes chaminés a dissiparem o vapor de água. Surpreendeu-me pela negativa, mas felizmente o resto do percurso fez logo esquecer esse detalhe.
![]()
Aspeto inicial do caminho, entre o muro do monte e o muro da fábrica.
![]()
Pouco a pouco, a floresta começa a revelar o seu encanto, com árvores majestosas (algumas dentro do recinto da fábrica) e pequeno passadiços de madeira.
![]()
Um aspeto do vale por onde se inicia o trilho e onde corre o rio Arouce.
![]()
O trilho e a ladeira, com uma levada do lado direito.
![]()
Uma levada acompanha a parte inicial do trilho e deve servir para abastecer a fábrica anteriormente referida.
![]()
Mais uma pequena travessia de madeira.
![]()
Uma comporta no percurso da levada.
![]()
Alcançámos então uma zona onde o percurso tem de cruzar o leito rochoso do rio. Apesar de ser inverno, o leito ia praticamente seco, pois a água era canalizada para a levada. Este local pode ser problemático caso a época seja de chuvas abundantes, pois, apesar de existir uma árvore que ligam as duas margens, acho pouco aconselhável usá-la para fazer de Indiana Jones.
![]()
Foto tirada já na outra margem.
![]()
A sinalética existente na margem oposta revela o que disse: o troço é condicionado pelo caudal do rio e é de evitar a travessia em época de chuvas fortes, pois existe perigo de enxurrada.
![]()
O trilho revela então a sua beleza: zonas onde o caminho serpenteia entre uma vegetação que não é o habitual eucalipto ou pinheiro bravo.
![]()
Verdadeiros tapetes de musgo aconchegam o nosso caminho...
![]()
... até nos ser revelada a beleza do Castelo da Lousã.
![]()
Uma pequena cascata surge entalada num encosta e entre eucaliptos enormes (a vegetação anterior desaparece rapidamente).
![]()
Uma escadaria artesanal e íngreme.
![]()
A vista para a zona da capela da Srª da Piedade, um pequena santuário encantador.
![]()
Aspeto do caminho na chegada à zona da capela. A partir daqui encontrámos o PR2, que seguiríamos posteriormente serra acima.
![]()
![]()
Uma capela...
![]()
Sobe-se mais um pouco...
![]()
... e surge outra capela. A vista lá do alto é muito bonita.
![]()
A perspetiva sobre o castelo é única e as cores das árvores circundantes davam um belo colorido a este cenário.
![]()
O castelo na perspetiva da capela.
![]()
A partir daqui, pretendia seguir pelo PR2 e subir até às aldeias da serra.
![]()
Mais uma perspetiva do local.
![]()
Ainda passámos por um cruzeiro de onde se tinha outra bela vista panoramica.
![]()
E a partir daqui seguimos pelo PR2 - Rota das aldeias serranas em direção a Casal Novo.
![]()
De uma lado e do outro, verdadeiros muros de mimosas e austrálias.
![]()
Pelo caminho ainda fizemos um amigo de quatro patas que nos acompanhou durante a subida.
![]()
Na chegada a Casal Novo, a vista para o vale e para a vila da Lousã no sopé da serra.
![]()
Algumas casas da aldeia de Casal Novo, onde não vimos ninguém.
![]()
Mais uma perspetiva.
![]()
A paragem seguinte era o Talasnal (40 min segundo a informação).
![]()
Pelo trilho ...
![]()
Depois da travessia de uma zona de plantação de pinheiros, onde encontrámos marcas frescas de javalis, revelou-se nos, por fim, esta vista fantástica para o Talasnal, com a Serra do Açor em pano de fundo. A vista é soberba e foi mesmo uma bela surpresa, que me deixou uns instantes parado a admirar a perspetiva.
![]()
Lá no alto, as antenas televisivas que insistem em manchar a paisagem em lugares fantásticos como este (como por exemplo no S. Macário em S. Pedro do Sul ou na Serra do Marão...)
![]()
A entrada na aldeia do Talasnal pelo trilho pedestre.
![]()
É do louvar o cuidado na escolha dos materiais e na aquitetura usada para o restauro / reconstrução das habitações.
![]()
Pormenor numa das fachadas de uma casa.
![]()
O Talasnal foi para nós a aldeia dos gatos, tal era o número de felinos que vimos por lá, consolados a saborear o sol do inverno.
![]()
O nosso objetivo era almoçar no restaurante local, o "Ti Lena". Quando que esbarrávamos numa porta fechada, mas felizmente tivemos sorte e pudemos repor as nossas forças com um belo almoço.
![]()
O exterior do restaurante.
![]()
A entrada do mesmo.
![]()
O seu interior.
![]()
![]()
O balcão do bar.
![]()
Uma bela chaminé "à antiga" num canto da casa esperava-nos. Depois de um retemperador cabrito assado com castanhas, retomamos o caminho.
![]()
Mais um painel informativo.
![]()
A placa diz tudo...
![]()
Pelas ruelas da aldeia, seguindo o caminho.
![]()
A partir daqui é sempre a descer... e que descida!
![]()
Pelo caminho passa-se junto a uma central hidroelétrica, chamada da ermida. Lá ao fundo, suponho que seja a ermida que lhe dá nome.
![]()
Com mais zoom.
![]()
Esta parte da descida do Talasnal até à ribeira da ermida é bastante traiçoeira: o trilho é muito estreito e escorregadio devido à humidade (na altura do passeio). Uma distração ali pode ser muito complicada, pelo que recomendo o uso de bastões de marcha para dar outra segurança.
![]()
A canalização que leva a água da represa até à central propriamente dita. A descida acaba na passagem junto à central que mais parece um casa de alguém. O trilho passa uma pequena ponte e fiquei na dúvida se seria mesmo por ali e se não estava a entrar em propriedade privada, mas pelos vistos não.
![]()
Depois da central elétrica, segui por um estradão e depois uma pequena estrada, deixando para trás o vale sombrio e a ermida (onde o percurso não chega a passar).
![]()
Voltámos à zona da N. Srª da Piedade...
![]()
... e passámos junto ao Castelo.
![]()
Infelizmente já se encontrava fechado e não foi possível visitá-lo, mas gostei do seu estado de conservação e da zona envolvente.
![]()
A vista para a capela onde estivera na parte da manhã.
![]()
Descemos até ao rio pelo PR1, que voltámos entretanto a encontrar...
![]()
... no entanto, seguir o trajeto implicava molhar o pézinho. Acabámos por voltar para trás à procura da alternativa...
![]()
... que passava por ir à zona da praia fluvial e passar pela ponte para voltar à zona da capela da N. Srª da Piedade. A partir daí, só tive de seguir o caminho por onde passara de manhã.
![]()
O cenário é bastante agradável, com o rumor da água a correr.
![]()
Entrada principal no santuário da N. Srª da Piedade.
Avaliação
Marcações: Bom
Paisagem: Muito Bom
Dificuldade: Média alta
Observações: a passagem das ribeiras em altura de chuvas pode ser complicada. A descida do Talasnal requer cuidados redobrados.
Boas caminhadas
darasola