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Percursos pedestres, caminhadas, pedestrianismo, trekking, trilhos, aventuras, viagens, passeios e descobertas!

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Percursos pedestres, caminhadas, pedestrianismo, trekking, trilhos, aventuras, viagens, passeios e descobertas!

Caminhadas a fazer - To-do list!

19.10.12, darasola

Vou passar a colocar neste post os percursos que descobri pela net e que pretendo um dia conhecer.

Podem dar sugestões e enviar os links dos mesmos.

 

PR6 - Manteigas à Torre

http://boassolas.blogspot.pt/2012/10/pr06-de-manteigas-torre.html

 

PR9 - Viana do Castelo - Trilho dos Canos de Água

http://percursos.no.sapo.pt/pr9/descricao-09.html

http://www.cm-viana-castelo.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=227&Itemid=487

http://percursos.no.sapo.pt/

 

PR5 - Águeda - Trilho da Ponte de Ferro

http://cmantrilhos.weebly.com/pr5.html

 

Caramulo - Rota dos Caleiros

http://www.cm-tondela.pt/index.php/turismo/percursos-pedestres/rota-dos-caleiros

http://palmilheiro.blogspot.pt/2012/01/serra-do-caramulo-rota-dos-caleiros.html

 

Trilho do Corno do Bico

http://boassolas.blogspot.pt/2012/11/corno-do-bico-10-de-novembro.html

 

Terras de Sicó - Buracas do Casmilo

http://viagens-a-solta.blogspot.pt/2014/11/caminhada-por-terras-de-sico.html

 

De Sistelo a Arcos de Valdevez

http://boassolas.blogspot.pt/2016/03/sistelo-arcos-de-valdevez-ao-longo-do.html

 

Espanha:

 

Cidade encantada, Ruta de las caras e nascente del rio cuevo

http://pisatrilhos.blogspot.pt/2011/12/cidade-encantada-ruta-de-las-caras-e.html

 

Trilho Cañón del Río Lobos - Soria

http://pisatrilhos.blogspot.pt/2015/12/trilho-canon-del-rio-lobos-soria.html

 

Lago de Sanabria [Zamora - Espanha]

16.10.12, darasola

A vontade de conhecer os montes de Sanabria, várias vezes referidos por Miguel Torga, era muita e a oportunidade surgiu. Sanabria, para além das suas serras possui aquele que é o maior lago glaciar da Península Ibérica, com 368ha e dimensões de cerca 3 km por 1,5 km. A nossa base foi montada no Parque de Campismo de onde podíamos desfrutar desta fantástica vista. Após estudar o mapa e a informação na net, achei que o percurso mais simples seria dar a volta ao lago, seguindo um percurso assinalado com a cor azul. No camping, encontramos um placard informativo sobre os vários percursos existentes, mas a sua escala e a falta de marcações foram um obstáculo que só foi superado com a ajuda do GPS e do trilho encontrado nos sítios do costume. Uma boa parte do percurso realiza-se pela berma da estrada (e sem grande segurança) o que acabou por desiludir um pouco, mas chegados a Ribadelago (a nova) ficamos a conhecer a vila reconstruída a mando de Franco, depois da tragédia que destruiu a Ribadelago (Velha). Para quem não conhece fica aqui o resumo desse trágico acontecimento:

Construída entre 1954 e 1956, a barragem de Vega de Tera, com 200 metros de comprimento e 33 de altura, foi inaugurada por Francisco Franco em 25 de Setembro de 1956. Esta barragem teve uma vida curtíssima: em 1959, fortes chuvas e temperaturas extremas (-18 °C) abateram-se sobre a Serra de Peña Trevinca. Estas condições, aliadas à muita água acumulada na albufeira da barragem, levaram a que uma brecha de 70 metros de comprimento e 30 de altura se abrisse, deixando que uma torrente de 8 mil milhões de litros de água se abatessem pelo desfiladeiro do rio Tera. Os oito quilómetros do desfiladeiro foram ultrapassados pela água, lama, rochas e árvores da torrente em 20 minutos. Pelo caminho, a aldeia de Ribadelago foi apanhada desprevenida, resultando da imensa torrente a destruição de 145 das 170 habitações que existiam, e a morte de 144 habitantes que não conseguiram refugiar-se em pontos altos. A corrente chegou a atingir nove metros de altura.

Apenas 28 corpos foram resgatados; os restantes desapareceram para sempre no fundo do Lago de Sanábria, onde a imensa torrente desembocou logo a seguir à destruição de Ribadelago.

A aldeia foi reconstruída, sendo hoje bem visíveis testemunhos da noite fatídica: ruínas de casas e da igreja matriz, a par da estrutura da barragem, a montante, no silêncio da serra

Fonte: Wikipedia

O percurso passa pela aldeia velha e ainda hoje se pode observar as ruínas da igreja, bem como vários marcos alusivos à fatídica noite. A passagem pelo local acabou por ser algo pesada, com o respeito devido a quem ali pereceu. Depois, surgiu uma das partes mais bonitas do percurso, mas também a mais exigente: depois de chegar a uma zona de campos que aproveitam a reduzida área plana para cultivo, o percurso ascende gradualmente até ao ponto mais alto por um fantástico bosque de carvalhos e vegetação típica da zona. A sombra foi apreciada e aproveitada para almoçar. Alcançamos alguns pontos com miradouros e vistas fantásticas para todo o lago e as montanhas em redor.

Chegamos então a San Martin de Castañeda, onde encontrámos a imponente construção do mosteiro de Santa Maria, local onde está instalado o Centro de interpretação do lago de Sanabria. Infelizmente, o local estava a fechar para almoço e mal conseguimos espreitar o seu interior.

A partir daí, o percurso foi descendo progressivamente até ao nível do lago e aproveitamos uma das suas muitas praias fluviais para ir a banhos, antes de realizar a restante parte do trajeto que nos levou novamente por estrada até ao parque de campismo

 

Vista da esplanada do parque de campismo.

Uma fantástica praia fluvial, que estava praticamente vazia as horas da manhã em que lá fomos.

De tarde, o panorama foi bem diferente, com inúmeros banhistas.

Painel informativo.

Existe um barco (dito ecológico) que permite viajar pelo lago.

Aspeto da parte inicial do percurso. A circulação faz-se pela berma sem condições de segurança.

Antes de chegar a Ribadelago (nova), esta estranha construção deixou no ar a dúvida se seria já uma vestígio da tragédia.

A igreja moderna de Ribadelago (nova)

Travessia do rio Tera.

Rio Tera

Zona de planície aproveitada para cultivo.

Chegada a Ribadelago (velha) onde encontrámos estes marcos alusivos à tragédia.

Deixo aqui mais alguns links sobre o fatídico evento:

http://www.jn.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=1070124&page=-1

http://historiasconhistoria.es/2008/12/09/ribadelago-una-tragedia-olvidada.php

http://paspanno.blogspot.pt/2008/08/tragedia-de-ribadelago.html

 

Fica aqui também um vídeo alusivo ao acontecimento.

 

Ainda se encontram as construções ao estilo mais antigo.

Mais um marco funerário..

... e outro.

As ruínas da antiga igreja, que foi praticamente arrasada. Impressionante...

Continuação do caminho.

A direção era a da aldeia de S. Martin e a balizagem era feita pelos postes de madeira pintados de azul.

Travessia de uma cancela.

Suponho que a passagem seja permitida vista que as marcações eram bem visíveis.

Travessia de uma ponte rudimentar. Ali foi o ataque dos mosquitos!

Seta azul em sinal de marcação.

Vista para a praia fluvial.

O caminho seguia mesmo por ali, pelo leito de um pequeno regato de água.

Vista para Ribadelago (nova).

Pouco a pouco íamos tendo uma panorâmica cada vez melhor sobre o lago.

Na direita, o cruzeiro do barco ambiental.

Uma mariola no caminho.

Existe uma pequena ilha no lago, que pode ser vista do lado direito da foto.

A passagem é mesmo por ali e permite-nos alcançar a estrada e o ponto mais alto do trajeto.

O parque de campismo do outro lado.

San Martin de Castañeda com o mosteiro em destaque.

Outra perspetiva do mosteiro.

Símbolo do parque.

Flora local.

O percurso abandona a aldeia e começa a descer em direção a uma pequena praia fluvial.

Cool-off time...

Depois da banhoca, o regresso por estrada onde encontrámos este curioso marco.

A despedida do lago.

Chegada ao parque de campismo.

 

Distância: cerca de 14 km

Tempo: 4h (+/-) - reservar mais tempo se incluir a banhoca

Tipo: linear

Dureza física:

Dificuldade técnica:

Beleza do Percurso:

Marcação: (praticamente inexistente nas zonas de estrada)

Informações sobre o percurso: (não disponível)

Panfleto oficial. (não disponível)

 

Ponto positivos: paisagem sobre o lago, vistas ao longo do percurso, bosques com vegetação densa, Ribadelago

Pontos negativos: demasiada estrada e sinalização deficiente

Smartphones e caminhadas

03.10.12, darasola

Com a cada vez maior generalização do uso dos smartphones, é bom ver que também vão surgindo aplicações práticas para ajudar os amantes das caminhadas. As Apps são bastante úteis para planear e obter informações sobre os percursos em determinadas zonas do país.

Tenho conhecimento de pelo menos duas aplicações nacionais gratuitas através das quais se pretende divulgar e promover os encantos do nosso belo país à beira mar plantado:

O Green Tracks que, apesar do nome em inglês, promove uma beleza bem nacional: a Serra da Estrela, em especial a zona de Manteigas.

Se tiver um smartphone, basta usar um leitor de códigos QR para fazer a instalação da App.

A Walkme | Levadas Madeira dedicada, tal como o nome indica, à pérola do Atlântico e aos seus famosos trilhos.

Se tiver um smartphone, basta usar um leitor de códigos QR para fazer a instalação da App.

Estas aplicações são úteis, mas não devem ser motivo para descurar a segurança e o planeamento de um percurso. Os smartphones gastam rapidamente as suas baterias pelo que a sua autonomia pode não ser suficiente para a realização de um percurso. Por segurança convém levar uma bateria extra ou o trabalhinho de casa feito (mapas, bússolas ou GPSr).

Se conhecerem outra aplicação deste género, agradeço que partilhem colocando um comentário neste post.

Boas caminhadas

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Na senda do Paivó - PR13 - Arouca

01.10.12, darasola

Apesar de já ter percorrido pelo menos 4 vezes este percursos, realizei mais uma vez este trilho que me deixa sempre incrédulo pelas paisagens e pelas marcas nas lajes do percurso deixadas pelos carros de bois que ligavam as duas aldeias.

O PR13 de Arouca é um dos mais antigos PR marcados do concelho e liga as aldeias de Regoufe e Covelo de Paivó. O pretexto deste passeio foi uma atividade do Verão Ciência Viva, que nos proporcionou a presença de uma guia com a qual aprendi mais umas coisas sobre a zona.

Iniciámos a atividade na zona das ruínas das minas de Regoufe.

 

Para quem nunca ouviu falar destas minas, fica a informação geral:

Minas de Regoufe - A mina de Poça da Cadela, situada junto a Regoufe, foi concedida para exploração em 9-9-1915, tendo sido extinta por decreto lei em 1990. Esta mina foi explorada, no seu período áureo, pela Companhia Portuguesa de Minas, que na realidade pertencia a ingleses. Sendo a mais importante na zona de Regoufe, era composta por mais de uma dezena de filões de quartzo com uma mineralização de volframite, cassiterite, arsenopirite e, acessoriamente, pirite, blenda, apatite e berilo. Os filões de direcção média N 30º E, e 35º a 45º de inclinação para NW, tinham, normalmente, uma espessura entre 10 e 20 cm (excepcionalmente, até 50 cm); encontravam-se encaixados no granito de Regoufe. Contornando o plutão existe uma auréola de metamorfismo de contacto até 2 km do granito, onde existiram outras minas (Muro, Raposeira e Cerdeiral).
A mina de Poça da Cadela ocupava vários pisos; actualmente podem observar -se mais de uma dezena de entradas de galerias. Entre 1935 e 1951 foram extraidos 639 000 toneladas de minério de volfrâmio e estanho das minas na região de Regoufe. Poderá mais encontrar informação sobre este complexo mineiro em www.geologia.aroucanet.com. (Fonte: http://covelodepaivo.aroucanet.com/v2/loc.php)

 

Ficamos a saber a que correspondiam os vários edifícios que ainda vão sobrevivendo à passagem do tempo. Este era o edifício dos escritórios.

Edifício das instalações técnicas.

A lavaria.

Mapa da zona com legendas.

Foto da época I - O bairro dos mineiros.

Foto da época II - Vista geral do complexo.

Foto da época III - Edifício da direção.

Foto da época IV - Vista geral

Foto da época VI - Vista dos edifícios da direção onde se vê a cabine elétrica.

Foto da época VII - dormitório

Ainda entrei numa das minas que sabia ter um orifício no teto. O espetáculo de luz foi este!

No edifício da direção, este local era uma capela onde se venerava Stª Bárbara, padroeira dos mineiros.

Voltámos então até à aldeia para realizar o PR13. Verifiquei que havia uma nova construção, que será um futuro restaurante a abrir neste final de ano.

Um majestoso sobreiro saúda-nos à entrada da aldeia.

Junto à capela local de Stº Amaro.

Aí encontramos a sinalética dos dois percursos que partem dali: o PR13 "Na senda do Paivó" e o PR14 "A aldeia mágica" que segue para Drave.

Painel informativo no local.

Depois de percorrer algumas das ruelas da aldeia, onde observamos o engenho de quem construiu o casario em locais que desafiam qualquer segurança, encontrámos o caminho rural que nos levaria até Covelo de Paivó.

Uma pequena ponte improvisada com uma rocha permite a travessia da linha de água que provém das minas.

O percursos carateriza-se pelas lajes de calcário ao longo do trajeto.

Uma cruz de pedra sobre um penedo. Desconheço a razão de ter sido ali colocado. Uma vez perguntei a uma habitante de Covelo de Paivó se sabia o seu significado, mas respondeu que estava ali desde que se lembrava e não sabia a sua razão.

São bem visíveis as marcas feitas pelas inumeras viagem de carros de bois, carregando mercadorias ao longo deste trajeto. Imagina-se a dureza do trabalho nessa época.

O grupo de participantes na atividade.

Um pequeno palheiro numa zona de campos.

Vistas impressionantes para a serra da Arada.

O trilho torna-se mais estreito e começa então a descer de forma mais acentuada. Pela observação do local, parece que os carros de bois afinal não conseguiam chegar até à outra aldeia.

Nesta zona as giestas tomaram conta da paisagem.

Finalmente, começa-se a adivinhar a aldeia de Covelo de Paivó ao longe, com a presença dos campos cultivados.

Novamente surgem as marcas dos carros de bois, sinal de que já era possível deslocar-se de Covelo até aqui.

Chegada à aldeia, com o casario e a capela à vista.

Chegada à capela de Covelo de Paivó, que se encontrava um pouco descaraterizada pela presença de obras no local.

Foi um percurso muito agradável, mas com alguma dureza para os menos preparados que integravam a "comitiva", tendo mesmo um dos elementos sentido a necessidade de se sentar uns minutos para recuperar do calor intenso do meio dia, a pior hora para caminhar. A mais valia foi acima de tudo a informação que recebemos e que poderão eventualmente solicitar no posto de turismo de Arouca.

 

Ficha técnica:

Distância: cerca de 4,5 km (deve contar-se com o regresso se tiver de voltar ao ponto de partida)

Tempo: 1,5h (+/- para cada lado)

Tipo: linear

Dureza física:

Dificuldade técnica:

Beleza do Percurso:

Marcação:

Informações sobre o percurso: (aqui)

Panfleto oficial. (aqui)

 

Ponto positivos: paisagem rural típica da zona, vistas ao longo do percurso, Complexo das Minas de Regoufe, capelas locais

Pontos negativos: o facto de ser linear, é bastante exposto ao sol (poucas sombras) e sem pontos de água a meio do percurso