Continuando o périplo pelos Açores, um dos locais a visitar é a Lagoa das Furnas! A curiosidade de ver onde e como se faz o famoso cozido à portuguesa das furnas que, para quem não sabe, é cozido pelo calor da própria terra, leva centenas de pessoas a este local único. São inúmeros os turistas que chegam ao local pouco antes do meio-dia, por ser aí a altura certa para ver os funcionários dos restaurantes locais a retirar as enormes panelas de buracos fumegantes. O desvio vale obviamente a pena para ver tão singela manifestação geotérmica e o seu aproveitamento único, mas obviamente que não queria ficar por ali. Decidi aproveitar o percurso local - PRC6SMI - como base para uma caminhada em redor de mais uma lagoa. Esse percurso marcado faz um desvio até ao centro da vila das Furnas, passando junto ao Parque Terra Nostra, mas optámos por fazer apenas a parte que dá a volta à lagoa. Apenas fizemos um pequeno desvio por um caminho que parecia levar-nos numa viagem no tempo até ao período dos dinossauros, para visitar um antigo casarão em ruínas. Voltando ao trilho inicial acabamos por descobrir locais de grande interesse como o centro de monitorização e investigação das Furnas, os seus curiosos edifícios e as árvores estátuas, uma das maiores araucárias do mundo e a Ermida de Nossa Senhora das Vitórias que parece caída do céu com a sua arquitetura gótica do Séc. XIX.
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A magnífica lagoa das Furnas.
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O locais das caldeiras onde se confecciona o afamado cozido das Furnas.
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As fumarolas com as suas nuvens de vapor servem de chamariz para toda a gente.
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Os monticulos cobrem cada um dos buracos usados para albergar duas panelas grandes bem recheadas de iguarias.
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O momento da retirada do cozido.
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Antes ...
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... e depois.
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A vista sobre a lagoa a partir da zona das caldeiras.
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Parque de merendas
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Um habitante do local.
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Seguimos então o trilho e as marcações do PR que nos levam ao longo da margem...
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... com direito a travessia improvisada. A chuva miudinha dos Açores brindou-nos com a sua presença, sem incomodar muito.
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As imponentes árvores que ladeavam o trilho.
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Seguimos então por um pequeno trilho que se desvia do percurso marcado...
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e nos levou a um local com uma vegetação luxuriante.
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Este trilho é de uma beleza fabulosa.
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O casarão abandonado que era o destino do desvio.
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A construção, apesar de estar profundamente arruinada, continua a ser imponente e revelar a beleza que em tempos terá tido.
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A vegetação tomou conta do lugar e vê-se as raizes das árvores a cobrir e trepar pelas paredes. Fantástico!
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De regresso ao trilho original, seguindo os ponteiros do relógio à volta da lagoa.
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O nevoeiro começou a cobrir as águas da lagoa. Só faltava surgir um monstro tal o do Loch Ness.
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Marcação do percurso.
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Morangos silvestres ao longo do percurso.
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Aspeto do trilho.
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Um portão de uma quinta local bem original.
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Uma floresta de bambus.
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Chegamos a uma zona onde o caminho de terra batida passa a calçada portuguesa.
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Encontrámos então uma série de troncos secos que, em vez de serem simplesmente cortados, tinham sido transformados em esculturas muito originais.
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Estranho edifício...
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Um baloiço no meio da chuva.
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Sinalética para uma das maiores araucárias do mundo.
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Cá está ela. Nem cabia na máquina.
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Mais uma escultura.
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Fiquei a saber que se tratava do centro de monitorização e investigação das Furnas.
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Os edifícios têm uma arquitetura moderna e que faz lembrar um vulcão.
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Chegada à Ermida de Nossa Senhora das Vitórias.
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A sua construção gótica nada tem a ver com as outras construções religiosas que se pode ver em toda a ilha.
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continuação do percurso...
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Mais outra estátua.
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De referir que o acesso a esta zona é limitado à circulação automóvel. Aqui, chegamos ao cruzamento com a estrada de acesso às lagoas.
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Seguimos então ao longo da estrada, sempre em segurança pela margem.
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A vista para a Ermida de Nossa Senhora das Vitórias que ia desaparecendo com a bruma.
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Um pequeno cais / ancoradouro de pedra na margem da lagoa.
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Passando junto ao corte para Lagoa Seca. O PR original segue por ali, no entanto optamos por seguir em frente até ao ponto de partida.
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Chegada ao cruzamento de acesso às caldeiras.
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Painel de azulejo com informações sobre a Lagoa das Furnas.
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Uma curiosa marcação em azulejo do caminho certo do percurso pedestre com um símbolo e uma mensagem dos Açores.
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Neste local, podíamos ver a água a borbulhar, sinal de que a atividade vulcânica não se faz sentir apenas no local das caldeiras, mas existe em redor. Por sinal, o estacionamento junto às caldeiras tem fumarolas em pleno pavimento de alcatrão.
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Chegada ao ponto de partida, junto às caldeiras da Furnas.
Ficha técnica:
Distância: cerca de 7,5 km
Tempo: 2h30 +/- (contando com paragens para fotos e contemplação e incluindo o desvio até ao casarão abandonado)
Tipo: circular
Dureza física: ![]()
Dificuldade técnica: ![]()
Beleza do Percurso: ![]()
Marcação:
(bem marcado na parte correspondente ao percurso oficial)
Informações sobre o percurso: www.trails-azores.com
Outros sites de relevo:
Panfleto oficial: n/a
Trilho GPX: wikiloc darasola
Ponto positivos: a beleza natural de todo o cenário, a singularidade do cozido feito pelo calor da terra, a Ermida de Nossa Senhora das Vitórias, a vegetação e a lagoa
Pontos negativos: n/a (a não ser a chuva miudinha que nos acompanhou e o nevoeiro)
Boas caminhadas