Trilho da natureza: entre o Cávado e o Atlântico - PR2 - Esposende
Este percurso do concelho de Esposende percorre a margem sul do estuário do rio Cávado, e inicia-se junto à localidade de Fão e integra a área do Parque Natural do Litoral Norte. A parte do percurso que segue junto ao Cávado é de especial interesse e beleza, é igualmente uma zona muito procurada pelo birdwatching (ainda consegui ver um guarda-rios a patrulhar a zona). A vegetação é típica das zonas intermédias de sapal onde a água doce e salgada coabitam. O percurso faz-se nessa zona por passadiços de madeira até chegarmos à restinga do rio Cávado, a língua de areia que separa o rio do mar e que protege a cidade de Esposende da fúria do Atlântico. A partir daí, o percurso converge para sul mesmo pela areia da Praia. Infelizmente a pressão imobiliária também se fez sentir nesta zona e as vivendas estão praticamente em cima do rio e da Praia. O caso extremo é o das torres de Ofir, uns mastodontes construído em cima da areia e que, fruto do avanço do mar e dos rigores dos invernos, se encontram agora praticamente em cima da rebentação. Já foram feitos várias intervenções para tentar conter os avanços do mar, mas é evidentemente uma luta perdida. O percurso volta então a virar para a zona central de Fão e leva-nos a descobrir a singular capela da Sra. da Bonança, junto da qual existem as ruínas do Facho da Bonança, uma antiga atalaia. A partir daí segue-se pela estrada até encontrar o curioso cemitério medieval das Barreiras, um local arqueológico de outros tempos que está praticamente engolido pelas residências. Este percurso é bastante fácil e leva-nos a local muito agradáveis, pelo que recomendo bastante que o descubram.
Ficam as fotos:
O local do início do percurso: o clube náutico de Fão.
Uma entrada para o rio.
Vista sobre a velha ponte que liga Fão a Esposende.
Esposende em frente.
Início do trilho.
O percurso tem marcações bastante visíveis, no entanto estava em reformulação quando o percorri, pelo que o uso do GPS foi essencial.
Início da zona do passadiço.
Sinalética com painéis informativos do Parque Natural do Litoral Norte.
Paisagem no local.
Mapa da área do Parque Natural do Litoral Norte.
Cansado?
Posto de observação de aves.
As vistas
O passadiço segue junto às casas.
Umas curiosas rampas permitem o acesso das casas ao rio.
Seguindo o Cávado.
O trilho deixa a margem do rio e segue por uma ruela.
Até alcançar uma nova zona de passadiços.
O promontório é um fantástico miradouro sobre toda a área envolvente.
A vista para a restinga do rio Cávado, a linha de areia que separa o mar do rio.
Embora já não faça parte do PR, é possível continuar por passadiços até junto do rio.
Esposende em frente.
O percurso segue então para o areal da praia.
Segue-se em direção a sul pela praia fora.
As marcações não enganam.
Não deixes mais do que as tuas pegadas...
Quase a chegar às torres de Ofir.
Uma cebola?
O mar quase a chegar a esta casa.
Como foi possível deixar que construíssem estas torres numa zona tão sensível.
O homem a tentar lutar contra o mar, já se sabe quem vai vencer.
O percurso não segue por aqui, mas não consegui resistir e ver o que fizeram para tentar proteger esta duna.
Capela da Sra. da Bonança.
As ruínas do facho da Bonança.
Os dois edifícios ficam lado a lado num meio de um belo pinhal.
Outra perspectiva do pinhal.
As campas do cemitério medieval das Barreiras.
Ficha técnica:
Distância: cerca de 7 km (com algumas alterações ao percurso oficial)
Tempo: sem registo
Tipo: linear
Dureza física: 1/5
Dificuldade técnica: 1/5
Beleza do Percurso: 3/5
Marcação: 3/5
Informações sobre o percurso: C.M. Esposende
Outros sites de relevo: n/a
Panfleto oficial: n/a
Trilho GPX: GPSies C.M. Esposende
Ponto positivos: o rio Cávado, a foz do rio e a paisagem, a praia e o pinhal de Ofir, a Sra. da Bonança, o Facho da Bonança, o cemitério medieval das Barreiras.
Pontos negativos: as marcações estavam em reformulação na altura em que fiz o percurso pelo que o GPS é essencial.