Trilho das levadas - PR1 - Oliveira de Frades
O trilho das levadas em Oliveira de Frades foi das mais agradáveis descobertas deste ano. A parte inicial do percurso é de um beleza que já não via há algum tempo e deixou-nos maravilhados com a riqueza verdejante da vegetação, ao que se somou várias linhas de água que atravessamos por pontes de pedra e pontes de madeira improvisadas, quase num cenário à Indiana Jones. As autoridades locais tiveram o cuidado de colocar alguns sistemas de apoio/segurança (escadas de madeira e cordas nas descidas mais perigosas). Existe também uma parte facultativa que nos levam a descobrir mais umas quedas de água com interesse. Pelo trilho encontrámos também locais de interesse como o poço e a mina dos Mouros, moinhos antigos, paredes de escalada e, claro, alguns locais onde se pode aproveitar as magníficas águas dos ribeiros. Depois de percorrido mais ou menos metade do percurso, o trilho abandona as margens da ribeira e segue por caminhos florestais, bastante descobertos e sem grande interesse, contudo esta partes de ligação são necessárias para levar até outros locais onde voltamos a encontrar ribeiras e quedas de água. A parte final atravessa algumas pequenas aldeias, onde ainda tivemos oportunidade de conviver com habitantes dessa zona, cuja simpatia se traduziu imediatamente por um convite para provar o vinho na adega.
Este percurso tem umas marcações ligeiramente diferentes das habituais, pois às habituais riscas vermelhas e amarelas, foram acrescentadas uma "pegadas" pintadas de preto, talvez por questões de homologação (ou falta dela...). Reconheço que é sempre de louvar a criação e divulgação de um percurso pedestre que nos leva a descobrir belezas naturais, contudo também tenho de reconhecer que algumas vezes a boa vontade não chega para fazer um bom trabalho. Neste percurso, a marcação é tão abundante que se cria um problema, pois em certos cruzamentos, as marcações aparecem aleatoriamente, tanto de um lado como do outro, e em acabaram por criar dúvidas em relação à direção correta a seguir. Convém ter algum cuidado com este aspeto e procurar informação sobre isso. Fica a chamada de atenção.
Ficam as fotos:
Painel informativo junto ao início do percurso.
Sinalética em madeira
Início do percurso por um zona de campos em socalcos e penedos.
A passagem mais singular do percurso.
Na outra perspetiva da mesma passagem.
As referidas marcações usadas no percurso: as habituais marcas do PR com a pegada de preto.
O primeiro ribeiro
Caminhando junto à levada.
A caminhada foi feita na primavera, ainda as cerejeiras estavam em flor.
Um dos exemplos de excesso de marcações. Eram tantas que criavam mais dúvidas do que certezas.
A fantástica paisagem da ribeira principal do percurso com uma ponte de madeira
Não quisemos deixar de fazer esta parte facultativa que sobe a ribeira até a mais uma queda de água.
O verde era omnipresente, tal como o som da água a correr.
Já de volta ao ramal principal do percurso, chegamos à ponte de pedra.
Duas ponte de madeira lado a lado. Uma delas está em mau estado e não é aconselhável usar, daí a necessidade da outra.
Uma outra perspectiva da ponte de pedra, com a pequena lagoa abaixo.
Ponte de madeira recentemente construída/restaurada.
O poço dos mouros
A mina dos mouros
Mais uma passagem de madeira sobre o ribeiro
É um paraíso de verde e de água
Levada para o moinho
Moinho em ótimo estado
Mais uma travessia com o grupo
O cabeço da feitiça - pela informação o local será usado para prática de escalada/rappel.
O trilho inicia uma descida íngreme para o ribeiro, que é facilitada com a ajuda de cordas
Escadaria até ao ribeiro
A paragem para almoço foi com este cenário fantástico
O trilho continua durante algum tempo junto às margens do ribeiro.
Começa então a subir e a abandonar o vale do rio.
Andar aos tombos
Mais um local com uma bela cascata
Passagem estreita junto a um precipício
A pedra esculpida pela passagem de inúmeros carros de bois
Casa em ruínas
Mais um pequeno cenário bucólico fantástico
Foto de grupo junto à queda de água da Pena Quebrada
Um local muito bonito
Parte do percurso por estrada pela passagem pela aldeia de Porcelhe
Casarão antigo com ponte de passagem por cima do caminho
A pequena capela no centro da aldeia
Canastro ou espigueiro
A eira com vista para o maciço da Serra da Freita
O humor (ou hospitalidade local) :-)
Ficha técnica:
Distância: cerca de 13 km
Tempo: 4h30 (+/- com paragens para fotos e almoço)
Tipo: circular
Dureza física: 3/5
Dificuldade técnica: 3/5
Beleza do Percurso: 5/5
Marcação: 3/5 (pelo excesso de marcações que dificultaram em alguns cruzamentos)
Informações sobre o percurso: C.M Oliveira de Frades
Outros sites de relevo: n/a
Panfleto oficial: n/a
Trilho GPX: Wikiloc darasola
Ponto positivos: a beleza das ribeiras e quedas de água, vegetação
Pontos negativos: o problema das marcações em excesso