Caminhos de Tongóbriga - PR6 - Marco de Canaveses
Para quem passa na autoestrada A4 a caminho de Amarante, talvez tenha reparado numa daquelas placas turísticas castanhas com a inscrição Tongóbriga e um desenho de algo parecido com uma inscrição de um "frontispício romano". Sempre fiquei curioso para saber um pouco mais sobre isso e fiquei a saber que correspondia a uma antiga cidade romana, implantada numa área bastante grande (50 ha) e que é monumento nacional desde 1986. Muita gente já ouviu falar ou visitou Conímbriga, mas acredito que Tongóbriga será menos conhecida. As semelhanças são evidentes pelas estruturas e vestígios observáveis, mas também pelas coberturas metálicas nas áreas arqueológicas (acredito que seja um mal necessário), mas Tongóbriga tem a mais valia de estar integrada numa pequena aldeia muito pitoresca, no lugar do Freixo.
Quando soube que havia um percurso pedestre nessa zona fiquei logo interessado em descobri-lo. Foi uma agradável surpresa que nos levou a vários recantos rurais destas aldeias do Marco de Canaveses. Encontramos moinhos recuperados, pontes de madeira improvisadas, poldras antigas, capelas abandonadas sem telhados, uma vendedora de broa e compotas, enfim, foi um dia bem passado em boa companhia.
Aspeto geral da área do complexo arqueológico - Fórum Tongóbriga.
O percurso segue junto à vedação.
A subida até à cruz.
Todos os sítios valem para que o caminhante não se perca.
Palheiro, eira e canastro/espigueiro.
Não são nenhuns caretos transmontanos, mas apenas uma sim uma forma tradicional de manter as canas do milho para o gado.
Por paisagens rurais no outono.
A primeira travessia de um ribeiro.
Mais uma eira e palheiro, o que carateriza bem o carácter agrícola da região.
Um pequeno desvio assinalado para conhecer um moinho tradicional.
Um moinho de rodízio restaurado, por fora...
... e por dentro.
Regresso ao trilho para encontrar a escadaria do Ribeiro de Covas.
Trilhando a imensidão verde.
O trilho continua a seguir o ribeiro numa zona que pode ser mais complicada em épocas de chuva.
Apenas as paredes ao alto.
Chegada à zona das poldras do Ribeiro de Covas.
As pedras das poldras são enormes.
Muita água devem ter passado por entre e por cima destas poldras.
O percurso é mesmo por ali: há-que subir a escada e abrir o portão (e fechá-lo também).
Os encantos do outono.
Construção agrícola tradicional
Pouco depois da aldeia de Fontes...
... encontramos a casa de uma produtora local de broa caseira e compotas.
Aproveitamos logo para nos abastecermos.
A zona tinha sido mais uma fustigada pela praga dos incêndios.
Fizemos um pequeno desvio para conhecer uma zona do percurso da qual nos tínhamos afastado inicialmente...
... e conhecer a capela da Sra da Aparecida. O telhado desapareceu, apenas as paredes se mantêm, mas mesmo assim não deixa se ser interessante.
A vista a partir do fundo da área do complexo arqueológico.
Por antigos caminhos entre muros.
Um edifício com detalhes interessantes à chegada à aldeia de Freixo.
O centro da aldeia e a Igreja de Stª Maria do Freixo.
Entrada para o museu de Tongóbriga que infelizmente não pudemos visitar por estar fechado.
Mais uma vista para a zona das ruínas.
Painel informativo junto ao lavadouro público.
Aspeto das casas da aldeia.
No lado oposto da estrada, uma zona de sepulturas e muralhas.
Ficha técnica:
Distância: 8 km
Tempo: 2h30 (+/- com paragens para fotos e almoço)
Tipo: circular
Dureza física: 2/5
Dificuldade técnica: 1/5
Beleza do Percurso: 4/5
Marcação: 5/5
Informações sobre o percurso: aqui
Outros sites de relevo: http://www.tongobriga.net/
Panfleto oficial: aqui
Trilho GPX: Wikiloc
Ponto positivos: a zona arqueológica, moinhos e casas agrícolas, capela da Sra da Aparecida
Pontos negativos: apenas o facto de uma zona estar queimada