Fisgas de Ermelo - PR3 - Mondim de Bastos - Parque Natural do Alvão
A ida a Mondim de Bastos até às Fisgas de Ermelo não era propriamente uma descoberta, pois em 2004 já tinha feito uma caminhada nas redondezas desta maravilha da natureza. Contudo, na altura a caminhada tinha ficado a saber a pouco, pois as quedas de água ficavam demasiado longe do miradouro natural (que é por sinal acessível a qualquer um de carro) para poderem ser apreciadas em toda a sua grandeza. Felizmente o município de Mondim de Bastos teve a feliz ideia de criar um percurso pedestre oficial para nos levar a descobrir as quedas de água das Fisgas de Ermelo num trilho que nos leva a admirá-las de mais perto. O percurso é variado e passa por bosques de carvalhos, áreas de pinheiros, sobe e desce por encostas íngremes, cruza rios, mas acima de tudo leva-nos a percorrer uma e outra margem do rio Olo, permitindo-nos contemplar toda a sua beleza e grandeza.
Iniciamos o percurso circular na aldeia de Ermelo, onde encontrámos esta manifestação artística de um entusiasta local.
O dia de outono prometia excelentes condições para a caminhada, mesmo se nesta zona de montanha o tempo podia mudar rapidamente.
Bosques de carvalhos e castanheiros.
Uma antiga casa em ruínas.
Passagem de um afluente do rio Olo formado pela união das ribeiras da Corga e da Fervença.
Pouca água corria debaixo da ponte.
Mas mesmo assim o local tinha um encanto especial.
Há realmente gente tão estúpida que não merece aquilo que lhes é dado de bandeja. Acharam uma excelente ideia rabiscar este painel informativo.
Foram colocadas cordas numa zona de acesso que passa em cima de rochas escorregadias.
Para cima é o caminho.
Mais uma ruína pelo percurso, que nos leva a concluir que esta zona já foi em tempos "domesticada" pelo homem.
Iniciámos então a longa e dura subida que nos levariam até ao topo das quedas de água. Quando aqui chegamos ainda não estávamos com o aquecimento feito e por isso não foi fácil vencer a montanha.
Alcançamos sensivelmente o meio da subida, onde encontrámos um painel informativo com um leitor de paisagem.
Daqui já podíamos apreciar as forças tectónicas que moldaram a paisagem.
Contemplação.
Mal se nota, mas já dava para ver a zona do topo da queda de água.
Mais um painel vandalizado. Enfim...
Cuidado para não escorregar.
Um pouco mais próximos do abismo.
O que para nós era uma descoberta, era para outros o local de trabalho do dia-a-dia, por onde conduzem o rebanho a procura dos melhores locais para pastar.
No horizonte, o monte Farinha com a Sra da Graça no topo.
Camadas sobre camadas. Seguíamos por um trilho estreito de pé posto.
Por esta altura ainda parecíamos estar bem distantes das quedas de água, mas o caminho alargou facilitando a progressão.
Chegamos então ao primeiro miradouro do percurso - o Miradouro do Alto da Cabeça Grande.
O local foi preparado para a segurança dos caminheiros.
As vistas são fantásticas e nenhuma fotografia consegue transmitir a imponência da paisagem.
Painel informativo.
Mais uma foto onde é bem visível a queda de água e as suas lagoas naturais.
Continuando a subir e olhando para trás para a zona do miradouro onde acabávamos de passar.
O caminhante a dominar a paisagem.
Já quase no topo da subida, começámos a encontrar um pinhal onde era extraída a resina dos pinheiros. Cruzámo-nos com um grupo divertido de caminheiros, que seguiam em sentido contrário para uma travessia em autonomia de 2 dias. Tiveram a gentileza em partilhar connosco um reforço energético e fortificante - leia-se aguardente com mel.
Foi criado um verdadeiro varandim para a segurança no trilho.
Outra perspetiva do alto da queda de água.
A dimensão das Piocas de cima.
É a partir deste alto que tudo começa.
Mais uma lagoa das Piocas de cima com uma queda de água.
Uma lagoa natural recomendada para banhos... mas não nesta época do ano.
No alto da serra, o rio Olo era nitidamente uma pálida amostra do seu potencial de inverno.
Este foi o local escolhido para a travessia a vau.
Já na outra margem do rio, iniciámos a longa descida.
Não há como perder-se.
O monte Farinha estava já tão próximo que era possível ver a capela da Sra da Graça.
Leitor de paisagem
Chegámos então ao miradouro que toda a gente que visita as Fisgas conhece por ser acessível de carro.
Painel explicativo das formação das Fisgas.
A "tradicional" vista das Fisgas.
Continuamos a descida serra abaixo.
Chegámos perto da capela da zona do Fojo, sem no entanto ir até à estrada que ali passa.
Seguimos na direção das Piocas de baixo.
Medronhos.
Aspeto do percurso.
Bosque de carvalhos.
Um muro antigo coberto de musgo.
Uma belíssima zona de bosque, com um belo tapete natural.
A passagem numa zona de lajedo escorregadio.
Alcançámos a ponte da Abelheira.
O rio Olo pouca água levava, mas mesmo assim não perdia o seu encanto.
Aspeto da ponte da Abelheira.
Alcançámos finalmente os campos e lameiros que circundavam a aldeia de Ermelo, onde demos por terminado o percurso pedestre de 12,5 km em círculo.
Boas caminhadas
darasola