Descida da Ribeira da Pena Amarela - Arouca [Canyoning]
A Ribeira da Pena Amarela é um pequeno curso de água que nasce na serra da Freita, passando junto à aldeia do Cando, descendo centenas de metros até desaguar no rio Paivó. O seu percurso é extremamente acidentado e desconhecia-o por completo. Quando surgiu a oportunidade de o percorrer praticando Canyoning, nem hesitei. Descobri locais praticamente intocados, onde apenas os praticantes desta modalidade conseguem aceder. Ao longo do seu curso foram 10 as zonas onde foi necessário recorrer a técnicas de rapel, para vencer desníveis de 30 a 40m de altura. A progressão foi a possível para um grupo de mais de uma dezena de pessoas e a verdade é que foi um dia inteiro passado dentro de água, com entrada no rio às 8h da manhã e saída perto das 17h40. Pelo meio, tivemos direito a uma paragem para reabastecimento, em que fomos abastecidos com sandes, frutas e sumos para termos forças para continuar. Foi exausto, mas muito satisfeito que alcancei a estrada que liga a Rio de Frades. Para quem nunca fez canyoning este percurso será talvez demasiado exigente, mas para aqueles que já descobriram os encantos da modalidade, vale a pena conhecer este belo local.
Ficam as imagens...
A vista para o vale de Arouca, com o nevoeiro ao longe, durante a subida à Freita.
Abandonando a estrada junto à aldeia do Cando, o grupo dirige-se para a ribeira.
Uma ribeira tão pequena que ninguém dá por ela...
Junto a esta ponte, o grupo entrou na água, bem gelada por sinal.
O 1º patamar.
A vista para o vale escavado pela ribeira até ao rio Paivó.
A aldeia de Bouceguedim ao longe.
Olhando para baixo, a altura impressiona.
O 1º desafio, a 1ª descida em rapel com um desnível de mais de 30 metros.
Já em baixo, a perspetiva era esta.
Ao longo do percurso as pequenas lagoas são muitas.
Por vezes, as cordas atrapalham e é necessário seguir deslizando pelas rochas.
Esta descida particular faz-se por um canal em jeito de escorrega criado pela erosão.
No final da descida, uma pequena marmita de gigante.
Mais uma descida imponente.
Noutras situações, a solução é mesmo saltar para as lagoas.
Mais um rapel
O grupo espalha-se nas zonas em que a progressão é feita sem recurso a cordas, mas volta a reagrupar-se antes de cada descida.
Nesta zona, cruzámo-nos com o PR8 de Arouca - A rota do Ouro Negro - e neste mesmo local o grupo de reabastecimento veio trazer-nos o almoço que nos deu forças para continuar até ao fim.
Um escorrega natural por onde deslizámos.
Novo rapel.
Chegada ao final, a saída do rio faz-se pelo acesso da ponte metálica ali existente.
Distância: cerca de 3 km
Tempo: 6h30 (+/-)
Tipo: linear
Marcação: inexistentes
Informações sobre o percurso: (não disponível)
Panfleto oficial: (não disponível)
Ponto positivos: as quedas de água, as vistas, a natureza intocada
Pontos negativos: perigo e dureza física