Minas de Queiriga - Vila Nova de Paiva
Cruzei-me com a referência às minas de Queiriga um pouco por acaso graças ao Geocaching. Ouvi falar de uma cache por lá escondida, cuja página revelava fotos fantásticas de uma lagoa azul turquesa, que me levava ao meu imaginário das Minas de Mória do Senhor dos Anéis. Foi por isso com enorme curiosidade que acompanhei a caminhada dos amigos do Andar até esta zona do concelho de Vila Nova de Paiva. Não é certamente Khazad-dûm, mas é um local especial, em particular à hora certa e com a luz certa, visto que quando os raios de sol penetram pelas cavidades superiores e descem até a lagoa, o nosso olhar perde-se nas profundezas daquelas águas, que parecem compelir-nos a mergulhar nas suas profundezas. Obviamente isso não é de todo recomendado, já que é perigosíssimo. Não imagino sequer a profundidade dos poços das minas.
Apesar das minas serem o prato forte do passeio, a atividade do ANDAR incluía obviamente uma percurso pela zona. O trilho não é um trilho oficial e nem sequer está marcado, mas com a ajuda das cartas militares e do Google, conseguiram criar um percurso interessante e variado. Incluiu uma parte junto a um ribeiro, uma subida ao topo do monte mais próximo junto a um VG, passagem pelas aldeias locais e ainda um pouco de corta-mato improvisado, numa zona onde a vegetação tinha tomado conta dos caminhos. Tudo isso serviu de aquecimento para terminar com a visita às minas.
Início da caminhada junto à EN 329
A parte inicial da caminhada seguiu por este vale, acompanhando um pequeno ribeiro, afluente do rio Vouga.
Passagem junto a um antigo moinho/azenha.
Olhó degrau!
Outro moinho na margem oposta
Esta zona deve ter tido uma grande atividade noutros tempos, dado a necessidade de ter construído uma ponte no local, da qual só resta a estrutura metálica.
Campos de regadio.
Subimos até à crista da pequena elevação junto à aldeia de Lousadela. Talvez o seu nome esteja ligado às rochas em redor (Xisto ou Lousa).
Chegada ao VG com vistas de 360º.
Uma pequena curiosidade na base do VG.
A vista para a zona das minas.
Passagem junto a umas alminhas.
Ainda houve tempo para umas vindimas tardias.
Arte popular em Lousadela?
O ancião da aldeia.
Este local foi o ponto escolhido para a paragem para almoço.
Junto à aldeia, voltaríamos a cruzar as águas do ribeiro e começámos a subir em direção às minas.
Reflexos de água.
A zona do corta-mato.
Começámos então a entrar na zona do complexo mineiro e fomos descobrindo os vestígios dos edifícios das minas.
O aspeto da entrada de uma das minas.
Na zona da entrada principal das minas, existe uma estrutura de apoio que foi completamente vandalizada. Não consegui perceber se o edifício foi uma tentativa de tornar o local adaptado a visitas turísticas ou se era da empresa concessionária da exploração. De qualquer forma , é lamentável a ação de quem destruiu tudo. De referir que à altura da visita o acesso era livre, não havendo qualquer proibição de entrada no local.
Este é o aspeto geral da entrada principal da mina. Consegue perceber-se que há uns acesso improvisados, mas poucos seguros.
No interior, umas fitas de sinalização pouco podem fazer para a segurança, mas fica o aviso do perigo. Cada um fica por sua conta e responsabilidade.
As pessoas na foto permitem dar uma escala às minas e julgar melhor o tamanho impressionante das mesmas.
Sentimo-nos um pouco como o povo anão do Senhor dos Anéis, no meio destas galerias gigantes.
As fotos que tentei tirar à lagoa azul não ficaram nada de especial devido à pouca luz e ficaram tremidas
no entanto poderão facilmente encontrar várias fotos no Google numa pesquisa rápida.
Cruzamos uma última vez o ribeiro antes de regressar ao ponto inicial onde nos esperava o transporte.
Boas caminhadas
darasola