Pasarela Río Mao - Ribeira Sacra - Parada de Sil - Galiza
Os passadiço do Paiva vieram criar uma legião de fãs por esse tipo de percursos em estruturas de madeira: facilitam o acesso e contacto com zonas naturais de interesse. É agora frequente ver publicações em papel e na web a darem a conhecer vários passadiços a descobrir. Também aprecio muito esse tipo de percursos e aproveitei um fim de semana prolongado para conhecer um pequeno passadiço de madeira que existe na Galiza, na zona da Ribeira Sacra.
Para quem ainda não conhece, a Ribeira Sacra é um território que corresponde a alguns municípios das províncias de Ourense e Lugo delimitados pelos rios Sil e Minho, e que deve o seu nome a uma grande concentração de mosteiros e igrejas medievais que por ali foram erigidos há centenas de anos. É uma zona que vale a pena descobrir, com paisagens variadas e distintas, como o Cañon do Sil, cujas arribas fazem lembrar as do Douro internacional perto de Mirandela, ou ainda as vinhas em socalco a fazer lembrar vagamente o Douro vinhateiro.
Nas margens do Cañon do Río Mao, foi construído um pequeno passadiço que não chega a ter 1 km, mas que nos leva a percorrer um vale com vegetação frondosa e verdejante. O percurso inicia-se junto a uma antiga central elétrica desativada que foi reconvertida em Centro de BTT e num albergue para desportos/atividades de natureza (Albergue A Fábrica da Luz). Logo ao lado encontrámos o painel informativo deste circuito da natureza, que prossegue com o PR-G 177 - Ruta Cañon do Rio Mao (16 km circular) para quem quiser continuar a caminhada. Desta vez, apenas estávamos ali para os 900 m (lineares) do passadiço. Chegados ao final do passadiço, ainda prosseguimos até às margens da albufeira e até um pequeno conjunto de casas aparentemente abandonadas, e voltamos pelo mesmo caminho. Garanto que vale bem o desvio para fazer esta pequena descoberta.
Indicação na estrada municipal para o caminho de acesso.
A "Fábrica da Luz" - albergue e centro de BTT.
Indicações para o início do percurso.
Mapa/Fotografia aérea do trilho do passadiço.
Início do passadiço com o painel do PR-G 177 - Ruta Cañon do Rio Mao.
Apesar do outono, a vegetação ainda estava verdejante, mas as folhas caídas já começavam a cobrir a madeira.
Ao longo do passadiço, encontramos várias placas informativas sobre a flora e fauna envolventes...
...como este acima sobre o loureiro.
As marcações do PR-G da Galiza.
O percurso decorre quase todo a meia-encosta...
... por entre árvores e vegetação.
Existem alguma zonas de escadas...
... mas nada tão complicado como as escadarias da Garganta do Paiva.
Tons do outono.
A parte inicial do passadiço faz-se toda numa zona de vegetação densa ...
... mas sensivelmente a meio do passadiço chegamos a uma zona descoberta, que nos permite observar o vale do Rio Mao.
Zizagueando ao longo do percurso.
As vistas na zona menos arborizada.
Existe um pequeno miradouro para observar o cañon.
Olhando para trás para a zona de vegetação mais densa.
Um pequeno jogo didático sobre as espécies locais.
Outra zona de escadas.
Já na parte final do passadiço, encontramos novas escadas que nos levam até uma pequena ponte sobre o rio Mao.
Do outro lado da ponte, encontramos o painel informativo...
... do Sendeiro de A Teixeira, um percurso circular de 13,7 km, mas como não estava nos planos...
... voltamos pelo mesmo caminho.
Ainda seguimos até à zona do rio Sil.
Com a descida do nível das águas da barragem existente a jusante, a foz do rio Mao tinha um aspeto algo desolador.
Encontramos o painel da continuação do PR-G 177...
... e placas de sinalização.
Vista para a foz do Rio Mao.
A baixa das águas revelou vestígios de construções (alguma aldeia) que outrora existiu junto à foz do rio.
Mais adiante, ainda encontramos casas mais recentes, mas também elas abandonadas.
Decidimos regressar pelo mesmo caminho para podermos apreciar novamente o passadiço, mas numa outra perspetiva.
De volta ao miradouro.
A vista geral sobre o vale.