Percurso da Paraduça - PR6 - Vale de Cambra
Depois da implementação de 3 percursos pedestres há uns anos atrás, o município de Vale de Cambra voltou a "acordar" para a importância do pedestrianismo e dos percursos pedestres e decidiu criar vários percursos novos para divulgar a riqueza natural do concelho. Foi no âmbito da inauguração do traçado do PR6 que fiquei a conhecer a iniciativa, tal como este novo trilho. O evento teve uma participação numerosa e foram várias dezenas de participantes que acorreram nessa manhã de sábado a esta pequena aldeia perdida na encosta sul da Serra da Freita.
O percurso começa com características essencialmente rurais, por entre campos, e leva-nos a conhecer alguns dos 5 moinhos de rodízio restaurados (moinhos do Cabo, das Bouças, da Cavada, do Burmeiral e do Castelo), que estavam propositadamente abertos para a ocasião. São alimentados pela levada com origem na ribeira da Paraduça. Abandonamos os campos e passamos para as encostas florestais onde os pinheiros altos alternam com zona de matos rasteiros e plantações recentes (de pinheiros também). Chegados ao Ribeiro Escuro, as vistas para as encostas da serra são impressionantes, com destaque para a aldeia da Lomba no seu promontório natural e os vales encaixados da ribeira de Agualva e do rio Teixeira, que corre lá no fundo formando fantásticos poços naturais onde é um prazer mergulhar. Rapidamente voltamos a direcionar-nos para a aldeia, aonde chegamos pelo meio dos campos, passando pelo forno e eira comunitários da pequena aldeia de Agualva.
De referir que este percurso pode ser alterado para duas outras variantes mais pequenas, consoante a opção de cada caminheiro. O PR6 completo tem no total 9,5 km, mas é possível ir apenas até ao Ribeiro Escuro e cortar para o Cabeço Redondo para realizar a variante PR6.1 que totaliza apenas 6.5 km, ou ainda ficar-se pelo percurso em redor da aldeia que se fica pelos 4,6 km. Para todos, é recomendado que se faça no sentido dos ponteiros do relógio.
Ponto de encontro junto à escola e capela da aldeia.
Painel do percurso pedestre
A multidão cheia de vontade de caminhar.
Atravessando a estrada asfaltada, encontramos a rota com o primeiro moinho.
Várias pessoas aproveitaram para conhecer o interior dos moinhos.
Vista superior para a zona da partida na aldeia.
Seguindo pelos campos.
O interior de um dos moinhos em funcioamento com farinha de milho acabadinha de moer.
Seguindo junto à levada de água.
Uma procissão pelos campos acima.
Ponto do percurso onde é possível atalhar para a versão do PR6.1.
Aspeto da paisagem.
A vista para a encosta da Serra da Freita.
Zona de plantação recente.
Ao fundo as aldeias da Lomba e de Agualva.
Vistas para o vale da ribeira de Agualva.
O vale do rio Teixeira.
No regresso à aldeia.
Voltamos a entrar pelo meio dos campos.
Chegámos então à eira comunitária...
... e ao forno comunitário...
... onde pudemos assistir ao processo da confeção da broa de milho.
Também fomos presenteados com broa fresca e mel para repormos as forças.
Terminámos todos no ponte de partida junto à escola, onde a associação local tinha preparado sopa à lavrador e carnes grelhadas, que vendiam a um preço simbólico para financiar as suas atividades.
Ficha técnica:
Distância: 9,5 km (com variantes de 6.5 km e 4.6 km)
Tempo: 2h
Tipo: circular
Dureza física: 2/5
Dificuldade técnica: 1/5
Beleza do Percurso: 3/5
Marcação: 5/5
Outros sites de relevo
Ponto positivos: forno e eira comunitários, vistas da encosta sul da Serra da Freita
Pontos negativos: poucos pontos de interesse especiais